terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Doce amor cap.4 part.3

Arthur adorava ser pai de Luke e ficou arrasado quando o filho morreu de um modo tão trágico e repentino. Agora, a vida lhe daria uma segunda chance. Com Lua. Ele jamais pensara em ter outro filho, mas agora que a possibilidade surgira, percebeu que quisera isso mais do que tudo. Só demoraria um pouco para se acostumar à idéia.

— Estou ouvindo, Lua.

Ela achava que Arthur estava esperando exigências e chantagem em troca de dinheiro. Bem, ele ficaria desapontado. Lua respirou fundo.

— Esse filho é meu, Arthur...
— E meu — ele interrompeu, calmo.
— Mas você não tem certeza disso, não é? Como você poderia ter certeza de que não dormi com outro homem nas últimas seis semanas?

Arthur não se mexeu.

— Você dormiu?
— Não, droga! Mas você não pode ter certeza disso, não é? — provocou Lua.
— Um médico vai poder dizer a quanto tempo você está grávida — afirmou.

Lua olhou para Arthur, de cara feia. Mas ele estava tão sério que era impossível saber o que sentia.

— Você aceitaria isso?
— Se você insistir, nós podemos fazer exames também — ele murmurou.
— Se eu insistir...?
— Lua, assim que ficar certo de que este bebê é meu, é isso mesmo o que ele será, meu!
— Você está querendo dizer que vai tirar o bebê de mim?
— Não estou dizendo isso. — ele deu de ombros. — Se bem que esta é uma decisão sua.
— Não estou lhe entendendo — disse Lua, emotiva.
— É bem simples. Se você quiser pôr as mãos no meu dinheiro, vai ter de aceitar o que vem junto com ele.
— Mas eu não quero seu dinheiro — retrucou, incrédu­la. — Não estou interessada nisso. Nem em você!
— Acho que você está reclamando demais.
— Não estou reclamando — retrucou, impressionada com o descaso dele. — Estou afirmando.
— O fato é que eu sou responsável por você e pelo bebê.

Responsável? Teria Lua se tornado dependente? De­pois de anos vivendo por si só, ela seria reduzida a isso? Não, não seria dependente de ninguém. Por mais difícil que fosse, ela não aceitaria...

— Não quero nem preciso da sua ajuda, obrigada.
— Você não entendeu, Lua? — disse, firme. — Não estou pedindo. Estou lhe dizendo como serão as coisas!
— Como assim?
— Eu vou me casar com você — ele disse, dando um risinho — Tão rápido quanto for possível.

Ele iria se casar com ela? Arthur não podia estar falando sério!

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