sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Doce amor cap.8 part.3

Aqueles pensamentos lhe rodearam a mente a noite toda. E os sentimentos instáveis em relação a Arthur não a ajudavam a relaxar. O relacionamento precário que tinha com Arthur parecia ter ainda menos chance de sobreviver se ele continuasse acreditando que ela se envolvera com dois homens ricos que nunca conhecera.

— É adorável. Obrigada — ela disse, forçando-: prestar atenção na nova casa.

E era mesmo um belo quarto, com uma cama com dos­sel, coberta por uma colcha vermelha e dourada. A mo­bília parecia em estilo Luis IV, cheia de detalhes e bem diferente da decoração austera do quarto de Arthur. Seria aquele o quarto de Sarah? Lua não sabia se suportaria...

— Eu comprei e abri a galeria de Londres há apenas dois anos, Lua — disse Arthur, respondendo à pergunta que Lua não fizera. — Você deve se lembrar de onde fica o banheiro — acrescentou, abrindo uma porta que dava para o banheiro, que separava os dois quartos.

Claro que Lua se lembrava do banheiro. Ela tomara ba­nho naquela manhã, depois da noite que passaram juntos. E vomitara no mesmo banheiro seis semanas mais tarde.

— Aproveite e tome um banho, se quiser — sugeriu Arthur, galanteador. Ele vira a expressão de Lua e enten­dera tudo errado. — Eu preciso ler alguns documentos.

Considere-se sozinha, pensou Lua, contente, ao per­ceber que estava só no imenso banheiro. Até que o banho não era má idéia. Ela não dormi­ra bem e Arthur parecia ainda mais distante hoje do que jamais estivera. Ela também se despedira de Gina há apenas uma hora. Lua e a amiga dividiam o aparta­mento há quase um ano. Um banho quente a ajudaria a relaxar.

Uau, pensou ela, alguns minutos mais tarde, deixan­do-se envolver pela água borbulhante e perfumada e des­cansando a cabeça sobre um travesseiro à prova d'água. Aquilo era um luxo comparado ao banheiro apertado que compartilhava com Gina. Se não se cuidasse, era até ca­paz de dormir na banheira.

Uma hora mais tarde, quando Arthur abriu a porta do banheiro, pensou que Lua estivesse mesmo dormindo. Ele tinha esperanças de que ela não pensasse que estava invadindo sua privacidade. Ele estava mesmo preocupado com a demora. Se bem que a imagem dela nua na banheira o estava distraindo do trabalho.

Lua sentiu o beijo de Arthur no pescoço, ficando tensa a princípio, mas relaxando ao sentir as mãos dele lhe acari­ciando os seios. O corpo dela fraquejou instantaneamente ao ver que ele lhe acariciava o mamilo com os dedos. Havia algo de erótico em observar aquelas mãos enor­mes, bronzeadas e quase fluidas lhe acariciando os seios, os dedos beliscando de leve os mamilos sensíveis, e toda aquela sensação que a aquecia entre as pernas. Lua ins­tintivamente entreabriu as coxas, com o ritmo das carícias de Arthur e o movimento da água levando-a quase ao limite.

O que ele estava fazendo com ela?

Uma das mãos dele acariciou-lhe a barriga e depois viajou até o montinho entre as pernas, até encontrar uma protuberância ardente, friccionando-a de leve bem ali, sem parar de brincar com os seios.
Lua jogou a cabeça para trás ao sentir a excitação crescendo, os olhos arregalados ao se perceber olhando para a expressão cheia de desejo de Arthur.

— Peça-me, Lua — ele ordenou. — Peça-me para continuar tocando. Peça-me, droga!

Naquele momento, ela sabia que imploraria, porque estava louca ao sentir o toque das mãos dele, desesperada Para sentir o prazer que só Arthur podia lhe dar.

— Por favor, Arthur — ela murmurou, ansiosa. — Por favor!

Ele se abaixou e a beijou possessivamente. Parecia in­capaz de se controlar. Ele levantou a cabeça para vê-la novamente, mantendo o olhar fixo enquanto abaixava-se mais uma vez. Lua inclinou a cabeça, permitindo que Arthur pudesse beijar-lhe o seio totalmente, sem que ele se esquecesse de acariciar-lhe entre as pernas. Então a carícia ficou mais intensa, o prazer parecia se espalhar por todo o corpo dela. Sem forças, Lua deixou-se cair na banheira, ex­tasiada. Arthur continuou a beijar e a sugar de leve o mamilo, saboreando-a e querendo que ela perdesse o controle mais e mais, até que soubesse que pertencia completamente a ele. Lua chegou ao clímax mais uma vez muito rápido, o corpo todo tremendo de prazer.

— Chega Arthur — ela balbuciou, sem forças. — Não posso. Não de novo.
— Ah, sim — murmurou ele, deitando-se na banheira de roupas. — Você pode...!

E Lua percebeu que podia mesmo, incapaz de ver, sentir ou perceber qualquer outra coisa que não a pre­sença de Arthur, que lhe possuía a boca, sem parar de acariciar-lhe os seios e os mamilos que estavam duros e sensíveis.

— Quero você, Arthur — balbuciou, assim que ele se pôs a beijar-lhe novamente o seio, a língua deslizando suavemente sobre o biquinho. — Quero você dentro de mim, agora! — ela murmurou ansiosa, como se o prazer tivesse se tornado insuportável, os quadris se movendo ao ritmo das mãos dele.

Era tarde demais. A intensidade do prazer dessa vez a deixou sem fôlego, o êxtase ficou estancado na garganta.

— Preciso de você dentro de mim, Arthur — pediu quan­do conseguiu, finalmente, falar — Por favor! — ela que­ria ser possuída.

Deus, ela é linda, percebeu ele ao pegá-la no colo e a levar para o quarto. Queria fazer amor com Lua o dia todo. A semana toda! Droga, Arthur jamais queria parar!

Mas ele aprendera rapidamente que ela tinha outra idéia. Ajoelhada sobre a cama, ela tirava as roupas mo­lhadas de Arthur, beijando e deixando um rastro de fogo na pele dele. Removeu a camisa molhada dos ombros, beijando-o no peito, olhando para cima com aqueles olhos dourados, ao mesmo tempo em que passava a língua pelo mamilo duro dele, antes de descer sensualmente até o umbigo.

Deus...!

Arthur jamais sentira aquilo. O corpo pulsava de modo insuportável contra o jeans molhado. Eles tiveram um orgasmo juntos, um prazer quente, pulsante e explosivo, olhando um nos olhos do outro. Por fim, ela se deitou completamente sobre Arthur, sem forças. Fantástico. Incrível. Inacreditável. Fazer amor com ele era a experiência mais erótica que experimentara! Arthur a abraçava, enquanto a respiração voltava ao nor­mal e o coração desacelerava. Mas no fundo ele sabia que a vida jamais voltaria ao normal. Ele fora casado por cinco anos e conhecera várias mulheres antes e depois do casamento, mas nunca alguém como Lua. Ela era magnífica. Encantadora. Ele não podia imaginar a vida sem ela!

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