Aqueles pensamentos lhe rodearam a mente a noite toda. E os sentimentos instáveis em relação a Arthur não a ajudavam a relaxar. O relacionamento precário que tinha com Arthur parecia ter ainda menos chance de sobreviver se ele continuasse acreditando que ela se envolvera com dois homens ricos que nunca conhecera.
— É adorável. Obrigada — ela disse, forçando-: prestar atenção na nova casa.
E era mesmo um belo quarto, com uma cama com dossel, coberta por uma colcha vermelha e dourada. A mobília parecia em estilo Luis IV, cheia de detalhes e bem diferente da decoração austera do quarto de Arthur. Seria aquele o quarto de Sarah? Lua não sabia se suportaria...
— Eu comprei e abri a galeria de Londres há apenas dois anos, Lua — disse Arthur, respondendo à pergunta que Lua não fizera. — Você deve se lembrar de onde fica o banheiro — acrescentou, abrindo uma porta que dava para o banheiro, que separava os dois quartos.
Claro que Lua se lembrava do banheiro. Ela tomara banho naquela manhã, depois da noite que passaram juntos. E vomitara no mesmo banheiro seis semanas mais tarde.
— Aproveite e tome um banho, se quiser — sugeriu Arthur, galanteador. Ele vira a expressão de Lua e entendera tudo errado. — Eu preciso ler alguns documentos.
Considere-se sozinha, pensou Lua, contente, ao perceber que estava só no imenso banheiro. Até que o banho não era má idéia. Ela não dormira bem e Arthur parecia ainda mais distante hoje do que jamais estivera. Ela também se despedira de Gina há apenas uma hora. Lua e a amiga dividiam o apartamento há quase um ano. Um banho quente a ajudaria a relaxar.
Uau, pensou ela, alguns minutos mais tarde, deixando-se envolver pela água borbulhante e perfumada e descansando a cabeça sobre um travesseiro à prova d'água. Aquilo era um luxo comparado ao banheiro apertado que compartilhava com Gina. Se não se cuidasse, era até capaz de dormir na banheira.
Uma hora mais tarde, quando Arthur abriu a porta do banheiro, pensou que Lua estivesse mesmo dormindo. Ele tinha esperanças de que ela não pensasse que estava invadindo sua privacidade. Ele estava mesmo preocupado com a demora. Se bem que a imagem dela nua na banheira o estava distraindo do trabalho.
Lua sentiu o beijo de Arthur no pescoço, ficando tensa a princípio, mas relaxando ao sentir as mãos dele lhe acariciando os seios. O corpo dela fraquejou instantaneamente ao ver que ele lhe acariciava o mamilo com os dedos. Havia algo de erótico em observar aquelas mãos enormes, bronzeadas e quase fluidas lhe acariciando os seios, os dedos beliscando de leve os mamilos sensíveis, e toda aquela sensação que a aquecia entre as pernas. Lua instintivamente entreabriu as coxas, com o ritmo das carícias de Arthur e o movimento da água levando-a quase ao limite.
O que ele estava fazendo com ela?
Uma das mãos dele acariciou-lhe a barriga e depois viajou até o montinho entre as pernas, até encontrar uma protuberância ardente, friccionando-a de leve bem ali, sem parar de brincar com os seios.
Lua jogou a cabeça para trás ao sentir a excitação crescendo, os olhos arregalados ao se perceber olhando para a expressão cheia de desejo de Arthur.
— Peça-me, Lua — ele ordenou. — Peça-me para continuar tocando. Peça-me, droga!
Naquele momento, ela sabia que imploraria, porque estava louca ao sentir o toque das mãos dele, desesperada Para sentir o prazer que só Arthur podia lhe dar.
— Por favor, Arthur — ela murmurou, ansiosa. — Por favor!
Ele se abaixou e a beijou possessivamente. Parecia incapaz de se controlar. Ele levantou a cabeça para vê-la novamente, mantendo o olhar fixo enquanto abaixava-se mais uma vez. Lua inclinou a cabeça, permitindo que Arthur pudesse beijar-lhe o seio totalmente, sem que ele se esquecesse de acariciar-lhe entre as pernas. Então a carícia ficou mais intensa, o prazer parecia se espalhar por todo o corpo dela. Sem forças, Lua deixou-se cair na banheira, extasiada. Arthur continuou a beijar e a sugar de leve o mamilo, saboreando-a e querendo que ela perdesse o controle mais e mais, até que soubesse que pertencia completamente a ele. Lua chegou ao clímax mais uma vez muito rápido, o corpo todo tremendo de prazer.
— Chega Arthur — ela balbuciou, sem forças. — Não posso. Não de novo.
— Ah, sim — murmurou ele, deitando-se na banheira de roupas. — Você pode...!
E Lua percebeu que podia mesmo, incapaz de ver, sentir ou perceber qualquer outra coisa que não a presença de Arthur, que lhe possuía a boca, sem parar de acariciar-lhe os seios e os mamilos que estavam duros e sensíveis.
— Quero você, Arthur — balbuciou, assim que ele se pôs a beijar-lhe novamente o seio, a língua deslizando suavemente sobre o biquinho. — Quero você dentro de mim, agora! — ela murmurou ansiosa, como se o prazer tivesse se tornado insuportável, os quadris se movendo ao ritmo das mãos dele.
Era tarde demais. A intensidade do prazer dessa vez a deixou sem fôlego, o êxtase ficou estancado na garganta.
— Preciso de você dentro de mim, Arthur — pediu quando conseguiu, finalmente, falar — Por favor! — ela queria ser possuída.
Deus, ela é linda, percebeu ele ao pegá-la no colo e a levar para o quarto. Queria fazer amor com Lua o dia todo. A semana toda! Droga, Arthur jamais queria parar!
Mas ele aprendera rapidamente que ela tinha outra idéia. Ajoelhada sobre a cama, ela tirava as roupas molhadas de Arthur, beijando e deixando um rastro de fogo na pele dele. Removeu a camisa molhada dos ombros, beijando-o no peito, olhando para cima com aqueles olhos dourados, ao mesmo tempo em que passava a língua pelo mamilo duro dele, antes de descer sensualmente até o umbigo.
Deus...!
Arthur jamais sentira aquilo. O corpo pulsava de modo insuportável contra o jeans molhado. Eles tiveram um orgasmo juntos, um prazer quente, pulsante e explosivo, olhando um nos olhos do outro. Por fim, ela se deitou completamente sobre Arthur, sem forças. Fantástico. Incrível. Inacreditável. Fazer amor com ele era a experiência mais erótica que experimentara! Arthur a abraçava, enquanto a respiração voltava ao normal e o coração desacelerava. Mas no fundo ele sabia que a vida jamais voltaria ao normal. Ele fora casado por cinco anos e conhecera várias mulheres antes e depois do casamento, mas nunca alguém como Lua. Ela era magnífica. Encantadora. Ele não podia imaginar a vida sem ela!
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